sexta-feira, 27 de abril de 2018

Imperfeição não é defeito, é arte!

Como assim? Vejamos com outros olhos!


A busca pela perfeição a que estamos acostumados na modernidade tem provado ser estressante. Tem sido a causa constante de doenças e desajustamentos decorrentes da ansiedade em alcançá-la!

A impossibilidade da perfeição gera conflitos internos e de socialização, quando o indivíduo se vê incapaz de ser como gostaria. Nesse ponto começa a se entregar às aflições do insucesso, acabando por desenvolver quadros depressivos. Muitas vezes essas situações resultam em finais desastrosos.

Seria possível evitar esse círculo vicioso? Existe uma filosofia japonesa que tem a resposta certa para resolver esta questão!

Simplicidade e imperfeição - Imagem Google
Wabi-Sabi (わびさび)?

O wabi-sabi é a apreciação estética do despojamento. Simboliza viver uma vida comum com a insuficiência ou com a imperfeição e está relacionado aos princípios de desapego do Zen budismo.

As raízes do Wabi-Sabi repousam no Zen Budismo, que foi trazido da China para o Japão por um monge do século XII. Zen enfatiza a austeridade, a comunhão com a natureza e, acima de tudo, reverencia o dia a dia como sendo o verdadeiro caminho para a iluminação.

Para alcançar a iluminação, os monges Zen levam uma vida ascética, frequentemente isolada e permanecem em meditação por longos períodos.

Bonsai - Imagem Google
Não existe uma tradução perfeita para Wabi-sabi, esta dupla de palavras refere-se a uma abrangente visão de mundo japonesa, uma visão estética centrada na aceitação da transitoriedade e da imperfeição.

Wabi refere-se à harmonia, paz, tranquilidade e equilíbrio.

Sabi denota a beleza que se origina da progressão natural e inexorável que transforma e embeleza através do tempo e do uso.

Tal concepção estética é muitas vezes descrita como a do belo que é "imperfeito, impermanente e incompleto". Traduz a aspiração pela modéstia, simplicidade, austeridade e valorização da integridade de objetos e processos naturais.

Esses conceitos estão representados na produção artística através do assimétrico, do rústico, do imperfeito, do monocromático e do aspecto natural. Através do wabi-sabi é possível alcançar o vazio da mente que traz tranquilidade.

Tigela reconstituída por kintsugi - imagem Google
Kintsugi きんつぎ

Kintsugi ou "emenda de ouro" é uma arte japonesa de reparar  cerâmicas quebradas com laca  misturada com pó de ouro, prata ou platina.

Objetos laqueados são uma tradição de longa data no Japão. Desenvolvida por artesãos japoneses, essa técnica também foi utilizada em peças de cerâmica de outras origens como China, Vietnã e Coreia.

O kintsugi está associado à filosofia japonesa de wabi-sabi da aceitação do imperfeito ou defeituoso, abrangendo os conceitos de não-apego, aceitação da mudança e destino como aspectos da vida humana.

Pingente reconstituído por kintsugi - imagem Google
A estética japonesa valoriza as marcas de desgaste pelo uso de um objeto. O que pode ser visto como uma razão para manter um objeto mesmo depois de ter quebrado e como uma justificação do próprio kintsugi, destacando as rachaduras e reparos como simplesmente um evento na vida do objeto, em vez de deixar que a sua utilidade termine no momento de seu dano ou ruptura.


Influências na arte moderna

O kintsugi é o conceito geral de destacar ou enfatizar imperfeições, visualizando remendos e costuras como um adicional ou uma área para celebrar ou se concentrar em vez de destacar a ausência ou partes faltantes. Artistas modernos experimentam com a técnica antiga como um meio de analisar a ideia da perda, da síntese e melhoria através da destruição e reparação ou renascimento.

Embora originalmente ignorado como uma forma de arte em separado, o kintsugi e métodos de reparação relacionados têm sido destaque em exposições na Galeria Freer no Smithsonian e no Metropolitan Museum of Art.

Se compararmos estes conceitos, que influenciam a sociedade japonesa como um todo, com nossa cultura ocidental, com valores e padrões que tendem  a desprezar a beleza wabi-sabi da natureza humana, nos damos conta de quão artificiais são estes padrões.

Imagem Google
Consideramos as pessoas idosas como fardos pesados por estarem  ultrapassadas, feias, enrugadas. Não valorizamos seu conhecimento, sua experiência de vida e seus sentimentos.

Nos menosprezamos psicologicamente por não termos o emprego perfeito, o casamento perfeito, os filhos perfeitos, a aparência perfeita e a vida social perfeita. Nos desgastamos em busca dessa perfeição idealizada que, obviamente, não é acessível.

Que conclusão deriva de todas essas considerações?

Precisamos aprender a conviver com nossas imperfeições, sem nos cobrarmos resultados inalcançáveis. Todos temos defeitos e qualidades. Devemos procurar consertar os defeitos e desenvolver as qualidades.

O reconhecimento da beleza real de todas as coisas, a aceitação daquilo que não está em nossas mãos modificar e a compreensão do que podemos modificar e nos esforçarmos para fazê-lo, dentro de nossas possibilidades, deve ser a nossa meta de vida, o nosso kintsugi para alcançar o wabi-sabi.

O conceito wabi-sabi defende a singularidade do ser e a valorização de todas as etapas da vida, ressaltando tudo o que foi esculpido pela ação natural do tempo.

Portanto, a solução para fugir à busca do perfeccionismo estressante é praticar o wabi-sabi, pois a imperfeição é uma arte.

Abraço,

Angelyne





domingo, 15 de abril de 2018

Plogging você sabe o que é?

Você já ouviu falar em Plogging?


Não? Então vamos ver do que se trata.

A palavra plogging é uma palavra valise que uniu jogging + "plock upp" e descreve uma atividade surgida na Suécia! Plock upp em sueco é o mesmo que pick up em inglês e significa pegar no sentido de recolher.

Nos países nórdicos, o plogging é uma prática esportiva que veio para conscientizar as pessoas e estimular o engajamento. Essa moda surgiu de grupos de pessoas na Suécia que começaram a postar fotos praticando o exercício sob a hashtag #plogging. E, rapidamente, a tendência se espalhou para outros lugares do mundo.

Aliando a cultura da sustentabilidade ao cuidado com a saúde do corpo, esta nova atividade esportiva uniu o jogging tradicional com a coleta de lixo encontrada pelo percurso escolhido.

A prática é bem simples, bastando levar consigo um par de luvas e uma sacola plástica onde depositar os resíduos recolhidos ao longo do trajeto.

O exercício não é fácil, mas também não é uma combinação louca impossível de fazer. Além de correr ou caminhar acelerado subindo e descendo ladeiras, você também vai abaixando e levantando para coletar os rejeitos, assim a queima de calorias está garantida. 

Embora esta tendência ainda seja nova nos Estados Unidos, a BBC reportou que a primeira menção a ela foi feita no Instagram em 2016. Desde então os grupos de plogging têm pipocado ao redor do mundo.

Os praticantes garantem que a atividade é viciante e que você passa a carregar luvas e saquinhos onde quer que vá!

Para aqueles que consideram o jogging monótono, o plogging oferece uma opção cardio que permite ao praticante trabalhar diferentes grupos de músculos, uma vez que se curvam, se agacham e saltam para coletar o lixo.

Além do benefício físico, o plogging também oferece uma atividade de grupo, pois dá aos vizinhos uma oportunidade de se conhecerem uns aos outros enquanto se exercitam e embelezam a própria comunidade.

Repense sua maneira de se exercitar! Convide seus vizinhos para um plogging em grupo, garantindo um exercício saudável e agradável!

Divirta-se com as crianças no final de semana levando-as para um plogging no parque ou praça mais próxima da sua casa. Elas irão aprendendo de forma divertida como manter a forma e cuidar do espaço de vivência ao qual pertencem!

Será que aqui também vai pegar essa moda?

Tomara que sim!

Abraços,

Angelyne

domingo, 1 de abril de 2018

Feliz Páscoa!

A todos os seus familiares!


Imagem Google

Páscoa cristã 

Para os cristãos, o domingo de Páscoa é o encerramento da  Semana Santa e celebra a ressurreição de Jesus Cristo e o seu primeiro aparecimento aos seus discípulos.

As comemorações referentes à Páscoa começam na Quinta-feira Santa (Endoenças), onde são comemorados o lava-pés e a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos.

Na Sexta-feira Santa (Paixão), relembra-se a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. É considerado um feriado nacional em muitos países em todo mundo, principalmente aqueles de maioria cristã.

O Sábado de Aleluia, Sábado Santo ou Negro, conhecido como dia de descanso, corresponde ao dia em que Jesus permaneceu sepultado.

A Semana Santa é a última semana da Quaresma, período em que os fiéis cristãos devem permanecer por 40 dias em constante jejum e penitências.

A Páscoa é classificada como uma festa móvel, assim como todas as demais festividades que estão relacionadas a esta data, como o Carnaval, por exemplo. Sua comemoração, entretanto, costuma ser entre os dias 22 de março a 25 de abril.

Páscoa judaica

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Para os judeus, a Páscoa (Pessach ou Pesach) é uma antiga festa realizada para celebrar a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito.

De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos quando, segundo a Torá, Deus enviou as Dez pragas do Egito sobre o povo egípcio.

Moisés, então, guiou os hebreus na travessia do Mar Vermelho para escapar aos exércitos do faraó de quem eram escravos.

As festividades começavam na tarde do dia 14 do mês lunar de Nisan, onde era servida uma refeição semelhante a que os hebreus fizeram ao sair do Egito (Sêder de Pessach).

Coelho da Páscoa

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No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.

De acordo com a mitologia germânica, o coelho era um dos símbolos da deusa da fertilidade Ostara. O culto a Ostara costumava ser feito durante a primavera.

A partir desta mesma lenda mítica, surgiu entre os alemães a tradição de entregar ovos de galinha pintados de várias cores para as crianças. O ovo representa o começo da vida.

Para evitar as celebrações pagãs, os cristãos associaram o coelho e a tradição da entrega dos ovos à Páscoa Cristã.

Com o passar do tempo, o coelho e ovos de chocolate entraram para as tradições das festividades da Páscoa. Assim surgiram os primeiros Ovos de Páscoa.

Angelyne