Espera inútil
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Image: Google |
Todas as noites costumo me aninhar confortavelmente nos braços aconchegantes de Morfeu e lá permanecer até a chegada das manhãs!
Nesta noite, porém, ele não veio... Deixou-me a rolar de um lado para outro em meio à inquietude formigante que não deixa o corpo relaxar e faz o travesseiro parecer em chamas... Olhos ardendo, como que cheios de areia, que não conseguem permanecer cerrados...
Aguardei em vão, sentindo os minutos se arrastarem em longas e infindáveis horas, permeadas de pensamentos obscuros...
Passei aos poucos da inquietude à indignação e desta ao desconsolo...
Ao sinal dos primeiros albores, ele veio chegando de mansinho, me abrindo seus braços veludosos...
Chegou muito atrasado, Morfeu! Já não preciso mais do seu abraço...
Fujo desse enlace, pois agora já amanheceu e não posso me dar ao luxo de seu amplexo...
O que preciso neste instante e que me aguarda, cálido, acolhedor e balsâmico é o delicioso e insubstituível café...
Até a noite Morfeu!
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